Hoje enquanto tomava café na esplanada não pude deixar de ouvir a conversa que se passava na mesa ao lado. Não pude porque, a conversa ocorria num tom que o proporcionava e a uma dada altura a temática despertou-me algum interesse.
Na mesa ao lado encontravam-se cinco senhoras entre os seus 25 a 30 anos, alegadamente, todas mães de criancinhas em idade escolar. A temática da conversa era os trabalhos de casa, mais conhecidos por TPC.
Todas elas achavam de absurdo para cima, as criancinhas virem com TPC para casa. Não havia uma única que defendesse a ideia que os TPC podem e devem ser uma mais-valia.
Julgo que foi Helena Águeda Marujo que disse/escreveu “Os deveres devem vir primeiro que os prazeres e o brincar ou o ver televisão devem ser consequentes, e não antecedentes, do estudo ou dos TPC.”, eu subscrevo na totalidade as suas palavras.
É na minha perspectiva, que os trabalhos de casa existem com o propósito de levar os nossos filhos/alunos a praticar, fortalecer e reforçar conteúdos e competências escolares e podem auxiliar-nos como pais/professores a avaliar quão bem está o nosso filho/aluno a compreender uma determinada temática leccionada em sala de aula.
Como mãe acredito que podem ser um importante factor para o sucesso escolar dos meus filhos e, se bem realizados, podem desenvolver capacidades e competências nas áreas curriculares e de forma indirecta desenvolver valores como a independência e autonomia, autodisciplina, iniciativa, gestão de recursos e de tempo, sentido de responsabilidade e competência e eu como mãe não podia ser mais a favor.
Como mãe cabe-me o papel de supervisão e de assegurar que o trabalho de casa foi compreendido e está completo, oferecendo aos meus filhos um contexto físico e emocional que lhe permita estudar e aprender.
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